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23/02/2014

A Fantástica Fábrica de Chocolate (Roald Dahl)

Saudações achocolatadas, leitores do NTC!
É com muito prazer que hoje venho falar sobre um dos livros mais incríveis que já li. E não precisa de cupom dourado para ler o post rsrs vamos lá?

A Fantástica Fábrica de Chocolate (Charlie and the Chocolate Factory) foi escrito em 1964 pelo brilhante Roald Dahl (autor de Matilda, James e o Pêssego Gigante)... creio que quase todos conheçam a plot da trama (até porque me recuso a viver em um mundo onde as pessoas não conheçam, mesmo que através dos filmes, a história), mas mesmo assim aqui vai uma breve sinopse:
Depois de anos trabalhando de forma reclusa, a incrível fábrica de Chocolates Wonka finalmente abrirá as portas, mas não para qualquer um... apenas cinco felizardos, que encontrarem os cupons dourados distribuídos entre os chocolates Wonka, poderão conhecer as maravilhas da famosa fábrica (além de ganhar fornecimento de guloseimas para a vida toda!). Das cinco crianças sortudas, o pequeno e humilde Charlie Bucket é o último a achar o cupom, um verdadeiro milagre! Então Charlie, acompanhado do seu avô José, apresenta-se aos portões da fábrica Wonka, no dia 1 de fevereiro, para a maior aventura de sua vida!

Logo no começo somos apresentados à Charlie e sua família: os pais de Charlie, os avós maternos (Vovô Jorge e Vovó Jorgina) e os avós paternos (Vovô José e Vovó Josefina). Todo o sustento da família é provido pelo sr. Bucket, que trabalha em uma fábrica de pasta de dentes; a única cama da casa é ocupada pelos quatro velhinhos e a refeição de todos é basicamente sopa de repolho. A única vez na vida em que Charlie come chocolate é no seu aniversário, isso porque ele come um pedacinho por dia pra barra poder durar o máximo possível!

Após o anúncio da distribuição dos cupons dourados, a família de Charlie se enche de esperança, algumas tentativas foram feitas (uma no aniversário de Charlie e uma com o Vovô José), mas o grande milagre aconteceu quando Charlie realmente não esperava.
Uma coisa que não foi retratada nos filmes é o contexto em que Charlie encontrou o cupom. O Sr. Bucket perdera o emprego e a família começou a passar, ainda mais, necessidades... ao ponto em que Charlie estava ficando desnutrido; e  quando o garoto encontrou uma moedinha na rua e comprou o chocolate... a última coisa em que ele estava pensando era no cupom, o pobrezinho só queria matar a fome.

As demais crianças que acharam o cupom - Augusto Glupe com sua gula sem fim; Violeta Chataclete e sua mania de quebrar recordes de mastigação de chicletes (que ela gruda atrás da orelha quando não pode mascá-lo, sim... é O MESMO CHICLETE, nojenta); Veroca Sal, que só falta pedir os planetas pro pai dela e o cara atende a menina --'; e Miguel Tevel, que só quer saber de brincar e ver televisão - sofrem alguns acidentes (por inteira culpa delas) no decorrer do passeio na fábrica até que, ao final, só resta o sr. Wonka, Charlie e Vovô José... é aí que sr. Wonka dá uma notícia emocionante à Charlie.

No geral, os dois filmes retrataram bem o livro, só alguns pontos foram deixados de fora:
- A pobreza extrema da família de Charlie quando ele acha o cupom.
- A contratação dos Umpa-Lumpas.

E outros foram incluídos no filme:
- O tiozinho estranho - suposto espião - que conversou com todas as crianças antes delas irem pra fábrica pra pedir informações.
De fato, um cara fala com o Charlie logo que ele acha o cupom, oferecendo dinheiro e uma bicicleta para o garoto entregar o cupom, mas fora isso... nada mais aconteceu que tivesse ligação com esse personagem.

O capítulo da contratação dos Umpa-Lumpas é esplêndido!
Habitantes da Lumpalópolis, essas criaturinhas minúsculas estavam passando por momentos difíceis em sua terra natal, então o sr. Wonka - se aproveitando que os Umpa-Lumpas e alimentam, especialmente, de semente de cacal - propôs que todos (TODOS) fossem trabalhar em sua fábrica em troca de semente de cacal. "Posso até pagar seus salários em cacau, se vocês quiserem".
Os Umpa-Lumpas gostam de cantar, e entoam ótimas canções todas as vezes que acontecia tragédias com alguma criança rsrsrs
Canção sobre Violeta Chataclete
Apesar da escrita leve (adequada para o público infantil), Roald incute na história muuuitas alfinetadas! Especialmente através dos avós do Charlie, do sr. Wonka e pela canção dos Umpa-Lumpas. O autor consegue equilibrar o aspecto fantástico e a inocência do Charlie com o lado ~~real~~ da força (como as condições de pobreza que algumas crianças e famílias vivem, enquanto que outras tem tudo o que querem e não se cansam de pedir mais, muito menos dão valor). Charlie é a parte inocente e adorável do livro; os avós e o sr. Wonka são a parte sarcástica e cômica; as outras crianças e seus pais são a parte de dar raiva (rsrsrsrsrs) e os Umpa-Lumpas são a cereja do bolo (brilham, divam, dão um toque mais do que especial!).

Gosto bastante da história, sou apaixonada pelo filme (versão de 1971, always, nada contra Burton, Depp e cia, eu gosto deles... mas a versão de 1971 marcou minha infância, logo, carinho especial) e ler o livro foi uma experiência única!

A Fantástica Fábrica de Chocolate não é um livro fácil de se achar pelas livras (não as de Belém T.T), As edições que eu tenho são antigas (não gosto das capas atuais), da wmf Martins Fontes , que comprei pela Estante Virtual; mas vale MUITO à pena ter! É daqueles que você mal acaba de ler e já quer reler! Leitura mais do que indicada!


Observação: O livro tem uma continuação, chama-se Charlie e o Grande Elevador de Vidro, que já providenciei *hohohohohoho* e pretendo fazer um post sobre ele em breve ^^


Gostaria de dar uma barra de chocolate Wonka para cada um que leu o post (e cupom dourado pra quem comentar rsrsrsrs), mas como não posso... o que vale é a intenção.

Abraços!


8 comentários:

  1. Adoro esse filme, mas ainda não li o livro. Acho que lerei em breve. ^^
    Não sabia que tinha continuação. Que feliz! haha

    Boas leituras!
    Beijo
    http://sonharnostemposdoagora.blogspot.com.br/

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    1. Oi Rafaella!
      Muitas pessoas não sabiam nem que A Fantástica Fábrica de Chocolate tinha livro... quanto mais continuação LOL
      Sim sim, leiaaaa, é bem provável que você vá gostar ^^
      Obrigada pela visita!
      Abraços.

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  2. JUJUBS CHAN DO AMOUR!
    ESSE POST ESTÁ................ FANTÁSTICO!
    Que resenha maravilhosa, sério! Já tínhamos conversado sobre os livros mas esse post me deixou insana de vontade de ler e ter!
    Amo livros clássicos com esses toques críticos (acho que nunca li um livro clássico que não me passasse uma mensagem) e este sendo infanto-juvenil é ainda mais rico. As crianças precisam se deparar com esses questionamentos (e alguns adultos, idem.).
    A leitura é importante por isso: é uma interação subjetiva da obra com o leitor. E quando a obra é rica o leitor não sai vazio.
    Tua resenha me inspirou. Creio que esse livro vai se tornar algo importante para mim. Obrigada.
    Está nas minhas prioridades agora!

    Beijos, beijos.

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    1. Que bom que gostaste Fernandinhaaaaaaa
      verdade, acho que, pela tua área, vais apreciar ainda mais as tiradas do livro :D

      Obrigada pelo comentário.
      Beijos!

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  3. Oi! Eu já li u.u Mas confesso que prefiro o filme. Não gostei muito do livro não.
    Não sabia que o livro tinha continuação. Talvez eu leia, um dia, haha.
    Beijos,

    Letícia
    http://www.odomdaescrita.com.br/

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    1. Oi Letícia
      que bom que já leste!
      humm, tente ler o segundo assim que possível, talvez esse te interesse mais :)

      obrigada pela visita ^^
      abraços!

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  4. Juliana, nunca achei esse livro nas livrarias nem nos sebos...sabe se ele foi relançado recentemente?
    Quando eu era criança, morria de medo desse filme! Acho que era por ser psicodélico e também pelo fato de as as crianças terem aqueles destinos horríveis hahahaha

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    1. Oi Ket :)
      ele foi sim, a edição atual é essa http://images1.folha.com.br/livraria/images/b/1/1176460-250x250.png mas é difícil de se encontrar nas lojas, acho que só deve ter pra comprar pela net mesmo.
      Verdade, esse tom psicodélico é bem estranhoso mesmo, mas eu achava era engraçado e sempre gostei da história kkkk

      Obrigada pela visita! Abraços!

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